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Jeannie da Silva

INTERDISCIPLINARIEDADE NA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA COMO ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DA HISTÓRIA
Jeannie da Silva Menezes
Doutora em História, PPGH/UFPE

A Universidade Federal Rural de Pernambuco atua junto a CAPES na realização do PIBID/UFRPE desde 2007, quando enviamos a primeira proposta da instituição. Em 2008, teve início o trabalho ininterrupto com a iniciação a docência que se estende aos dias atuais. O eixo estruturador da proposta da UFRPE é “Ciência e contexto: o letramento científico na educação básica” que é trabalhado em uma perspectiva interdisciplinar. O objetivo deste artigo é refletir sobre algumas experiências interdisciplinares na vigência do PIBID da área de História na UFRPE.
Neste texto, buscamos trazer para a reflexão os papéis da interdisciplinaridade no ensino da história, percebendo-a nas suas muitas perspectivas, como já dissemos em outro texto em vias de publicação, enquanto uma atitude, um modo de pensar, um pressuposto da organização curricular e um fundamento para as opções metodológicas do ensinar. Conforme está assinalado no subprojeto que orienta a nossa área de atuação no PIBID, previmos a promoção de ações interdisciplinares com o objetivo de integrar as metodologias de ensino das áreas de conhecimento envolvidas na proposta institucional (matemática, biologia, química, física história, português, informática e ciências agrárias).
Em princípio, o subprojeto de história registra os desafios ao ensino da história no contexto atual, sobretudo pela necessidade do reconhecimento da dinâmica cultural escolar e da defesa de um currículo multicultural, que são pressupostos do nosso subprojeto no PIBID. Daí se apresentam alguns desafios para as aulas de História, somados à visão fragmentada do conhecimento. Enfim, a disciplina de História não tem sido fértil de projetos interdisciplinares (CARRETERO, 1997) porém são eles um caminho necessário a trilhar. 
Segundo Morin “o pensamento contextual busca sempre a relação de inseparabilidade e as inter-retroações entre qualquer fenômeno e seu contexto, e deste com o contexto planetário” (MORIN apud THIESEN, 2008, p.545). Na medida em que a interdisciplinaridade é uma reação à abordagem disciplinar nomalizadora, ela sempre se caracterizará pelas trocas. Especialistas que promovam a interação entre as disciplinas em um mesmo projeto de ensino podem tornar possível a introdução de novos temas no currículo e de uma perspectiva multicultural nos conteúdos considerados universais, desse modo possibilitando “auscultar o currículo real reconstruído no cotidiano escolar” (FONSECA, 2011, p. 37).
O PIBID da UFRPE (SEDE) tem conveniadas as escolas estaduais Ministro Jarbas Passarinho, EREM Professor Cândido Duarte, EREM Dom Bosco, Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas, EREM Ginásio Pernambucano, EREM Trajano de Mendonça e Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins.
A observação das mais diversas atividades realizadas naquelas escolas ao longo dos anos de 2013 – 2016, possibilitou refletirmos sobre as iniciativas construídas em uma perspectiva interdisciplinar. Oficinas interdisciplinares de História e Direitos Humanos na Escola Cândido Duarte que tematizaram o Estatuto da Criança e do Adolescente e a história da infância no Brasil. A edição de um livro de poesias e de um jornal escolar na Escola Dom Bosco reunindo temas, alunos e resultados de projetos das áreas de História, Letras e Biologia são alguns dos produtos da execução desta perspectiva. O projeto “Um minuto de história” na Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins tem levado os alunos e bolsistas a produzirem curtas metragens de 1 minuto sobre temáticas como o racismo. Nesta última escola, realizamos também oficinas pedagógicas interdisciplinares sobre o conceito de gênero e sobre as relações de gênero ao longo da história em uma perspectiva crítica da homofobia e de seus efeitos no presente.
O que a experiência do PIBID/História tem revelado é que a prática interdisciplinar funciona como uma estratégia de ação. Se na trajetória de construção da disciplina, percebemos que o ensino da História é área de interesse interdisciplinar por excelência (FURET apud CERRI, p. 2009), nem a História e tampouco as Ciências Sociais têm sido campos férteis de projetos interdisciplinares e nos perguntamos as razões para esta constatação (CARRETERO, 1997). 
Sabemos que o ensino não é mero veículo de transmissão das concepções historiográficas. Segundo Cerri, ele “envolve a formação de habilidades metódicas, mediante o domínio de regras particulares de inferência e decisão e de um posicionamento teórico que permita ordenar e explicar os fatos históricos de modo compreensível” (2009, p. 150). Isto quer dizer que também nos espaços de ensino se opera a construção teórica. Não cabendo, portanto, a idéia apartada de que a História-ciência produz enquanto a História ensinada reproduz, divulga ou didatiza para o mundo dos não-iniciados (CERRI, 2009, p. 154).
Enfim, para Sílvio Gallo (1997), a transversalidade abandona os verticalismos e horizontalismos e os substitui por um fluxo que pode tomar qualquer direção sem nenhuma hierarquia, possibilitando conexões inimagináveis entre as várias áreas do saber (GALLO apud FONSECA). Eis o estado ideal que um projeto interdisciplinar pode alcançar e o ensino de História está apto a recebê-lo, como nossa experiência tem mostrado.

Referências

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais (1a a 4a séries): história, geografia. Brasília : MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais (5a a 8a série): história. Brasília : MEC / SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio: ciências humanas. Brasília : MEC / SEF, 2000.
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. PCN+ - Ensino Médio, Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: 2002.
BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o Ensino Médio: Ciências humanas e suas tecnologias. – Brasília, 2006. v. 3.
CARRETERO, Mario. Construir e ensinar as Ciências Sociais e a História. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
CERRI, Luis Fernando. Espaço Plural. Ano X, n. 20, Primeiro semestre/2009, 149-154p.
__________. Fronteiras interdisciplinares no Ensino da História. Anais do Seminário Perspectivas. São Paulo, 1988
DELGADO, Lucilia de Almeida Neves; FERREIRA, Marieta de Moraes. História do tempo presente e ensino de História. Revista História Hoje, v. 2, n. 4, 2013, p. 19 – 34.
FAZENDA, Ivani. Práticas Interdisciplinares na Escola. São Paulo: Cortez, 199
FERREIRA, Marieta de Moraes. História do tempo presente: desafios. Cultura Vozes, Petrópolis, v.94, n. 3, p.111-124, maio/jun., 2000.
GUIMARÃES, Selva. Didática e Prática de Ensino de História. 12. ed. Campinas, São Paulo: Editora Papirus, 2011
LIMA, Aline Cristina da Silva ; AZEVEDO, Crislane Barbosa de. A interdisciplinaridade no Brasil e o ensino de História: um diálogo possível. Revista Educação e Linguagens. Campo Mourão, v. 2, n. 3, jul/dez 2013
RÜSEN, Jörn. Razão Histórica. Brasília: EdUNB, 2001
SILVA, Marcos Antônio da; FONSECA, Selva Guimarães. Ensino de História hoje: errâncias, conquistas e perdas. Revista Brasileira de História.,  São Paulo ,  v. 30, n. 60, p. 13-33, 2010 .
THIESEN, Juares da Silva. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem. Revista Brasileira de Educação. V. 13, n. 39, set/dez 2008, p. 545-554.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO. Subprojeto da área de História – PIBID UFRPE, Recife, 2013.


15 comentários:

  1. Eu acho admirável e belo estes artigos baseados em experiencias pibid por eu ser um pibidiano e lidar com a realidade do colégio.
    Minha questão é: Como lidar com professores supervisores que as vezes não é tão aberto e sua formação advém de um tempo diferenciado do nosso?

    Ass Edicelson Eduardo Soares Pinheiro

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    2. Prezado Edicelson, de fato, tem sido uma experiência singular lidar com as demandas do PIBID e ver a sua efetiva incidência tanto na formação inicial dos nossos licenciados quanto na parceria com as necessidades que as escolas nos apresentam. Eu, como coordenadora de área, vivencio o desafio de integrar os supervisores ao processo de modo a fazê-los perceber a necessidade da parceria com a universidade, bem como o quanto eles tem a contribuir para nossas atividades acadêmicas. Vejo estas trocas ideais como um caminho que vem sendo trilhado e que não ocorrerá da noite para o dia, portanto, paulatinamente temos conseguido realizar tais trocas. Já percebemos nos nossos supervisores mais disposição para trabalhos interdisciplinares, apresentações em eventos, elaboração de artigos e, sobretudo, a possibilidade de rever suas práticas. Portanto, ainda temos muito a trilhar, porém podemos falar em muitos avanços constatáveis nas escolas nas quais atuamos. Muito grata pela oportunidade. Um abraço

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  2. Boa tarde professora Jeannie,
    Antes do meu questionamento, gostaria de parabenizar pelo projeto do PIBID nas escolas estaduais. E dizer que a interdisciplinaridade é mui importante dentro das escolas, o diálogo entre as disciplinas são fundamentais para o aprendizado do aluno. A pergunta seria como os alunos das escolas alcançadas com este projeto, vê a importância da interdisciplinaridade no Ensino da História? Você citou no artigo as oficinas interdisciplinares, gostaria de saber se essas oficinas dialogam com os conteúdos ministrados em sala de aula?
    Amanda Cristina dos Santos Costa Alves

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    1. Prezada Amanda,
      Agradeço pelo elogio, pois nossa atuação no programa tem sido cheia de desafios justamente por ser um programa que exerce uma ação efetiva para os nossos bolsistas, alunos da graduação e professores das escolas, no sentido do fortalecimento das licenciaturas. Quanto à pergunta muito oportuna por sinal, diria que a área de história ao que me parece resiste à ideia da interdisciplinaridade o que foi algo que constatei na minha atuação no programa. Procuramos incentivar mais e mais o diálogo com outras disciplinas, o que tem surtido efeito tanto nas oficinas sobre direitos humanos, sobre gênero, sobre música nas escolas, como também através de projetos. No nosso caso, da área de história, através de trocas interdisciplinares com Educação Física, Letras e Biologia as ações resultaram em coletâneas produzidas pelos alunos que foram editadas pela universidade.

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  3. Olá professora, tudo bem?
    Sou professor supervisor do PIBID da Universidade Estadual da Paraíba e me interessei pela sua proposta de interdisciplinaridade. Fora as referências já citadas no texto, existem algumas leituras que a senhora poderia sugerir?
    Outra questão: Você poderia dar um exemplo da maneira que sua equipe PIBID desenvolve a interdisciplinaridade com a área de Biologia? Minha esposa é professora de biologia e gostaria de desenvolver uma aula em conjunto com ela e com minha equipe PIBID.
    Por fim, resta-me uma reflexão: seria o ideal para a produção do conhecimento a interdisciplinaridade ou a transdisciplinaridade?

    Desde já, obrigado pela atenção.

    Thiago Acácio Raposo - Professor de História da EEEF Senador Humberto Lucena e professor supervisor PIBID pela UEPB.

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    1. Olá Thiago, tudo bem sim. As referências que citei são, no meu entender, clássicas e balizadoras das discussões sobre inter e transdisciplinaridade, até mesmo porque elas trazem outros autores que também têm contribuições de referência para o assunto. Penso que para a área de história, em específico, esta é uma abordagem em seu estágio inicial, bem diferente do que ocorre com a Biologia. No caso dos projetos nos quais meus bolsistas atuaram, temas como a sustentabilidade foram intercruzados com a historicidade da obra "o cortiço" que paineliza a condição urbana no Brasil do século XIX. Este é somente um exemplo de uma experiência exitosa que tivemos uma vez que o trabalho ainda teve a participação da área de Letras e como produto final foi elaborado um livro editado pela UFRPE com textos produzidos pelos alunos da escola, no caso a Escola Dom Bosco. Por fim, gosto das perspectivas que cruzam experiências e não sou muito adepta do fechamento de fronteiras, portanto, tanto a transdisciplinaridade, na qual as disciplinas se conectam mas se preservam, como a interdisciplinaridade, onde as conexões misturam os saberes, são bem vindas. Mas confesso que tenho especial apreço por esta última. Um abraço

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  4. Fabiano Moreira da Silva5 de abril de 2017 às 16:57

    Prezada professora Jeannie da Silva
    Fiz parte do PIBID e só tenho elogios a esse programa. Foi através do PIBID na área de História que tive a oportunidade de trabalhar musica, arte, literatura, filosofia, sociologia, geografia dentro do projeto de História e Direitos Humanos com a vertente voltada para a história do bairro onde os alunos residiam com foco numa manifestação cultural que ocorria na comunidade. Foi uma experiência bastante interessante. A minha inspiração para desenvolver esse projeto veio de alguns professores que na graduação ousaram em promoverem aulas diferenciadas voltadas para o uso de fontes diversas e comunicando-se com outras disciplinas. Pergunto se a dificuldade da interdisciplinaridade não está na maneira "fechada" que acontece os cursos de licenciatura e entre eles o de história.
    Fabiano Moreira da Silva - Mestrando em História - Universidade Federal da Bahia
    Professor da rede estadual de ensino - Bahia

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    1. Olá, Fabiano. Creio que seja esta uma das possíveis respostas, embora não seja a única, para a nossa desarticulação com a abordagem interdisciplinar. Veja só, embora estejamos na área das ciências humanas, na universidades percebemos dificuldades até mesmo na execução de seminários, nossos alunos e alunas se recusam a trabalhar em grupos, por razões diversas, é claro. Mas, sobretudo, entendo que há em nós professores pouca destreza no tratamento e na orientação de trabalhos em grupo o que obviamente repercute em algo ainda mais complexo que são os projetos interdisciplinares. Temos sim, muitas dificuldades em articular outras áreas na nossa prática docente, talvez pelo caráter erudito e de uma autoridade quase que exclusiva e autosuficiente que permeia a construção da nossa disciplina historicamente. Continuamos a desconfiar das nossas relações com a Literatura, com as Artes, com tudo o que envolva sair do nosso cantinho confortável e a interdisciplinaridade nos desafia a fazer justamente isto. O PIBID, no meu entender, pode nos exorcizar destes males justamente porque chama a parceria das áreas e interfere, a meu ver, também no espaço acadêmico. Acredito demais na força deste programa porque ele mexeu comigo, ele me fez rever a minha prática docente no meio acadêmico e percebo que temos muito a trilhar no caminho da interdisciplinaridade nas universidades e, neste sentido, a e educação básica tem muito a oferecer pois já faz isto há muito tempo. E vamos seguindo.

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  5. Boa noite!!
    Excelente relato de experiência aliado com fundamentação teórica que dialoga tanto com a historiografia e como com outros autores das ciências humanas e da educação. Parabéns pela iniciativa!!! A dimensão da interdisciplinaridade do Ensino Médio ainda é grande desafio, diante de um currículo pouco flexível e fragmentado dificultando uma visão holística do saber, acredito que experiências como as que você apresentou é passo importante neste caminho. Gostaria de saber como foi a reação de alunos e professores nas fases iniciais dos projetos e no conclusão? Como você avalia a participação destes sujeitos históricos?
    Atenciosamente
    William Fonseca Freire
    Profhistória

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    1. William, agradeço pela generosa apreciação da nossa experiência. Creio que a palavra que define qualquer ambiente saudável de ensino é o desafio. Ele nos move, inquieta, comove... mexe e remexe conosco. O PIBID me trouxe este movimento que há certo tempo estava meio adormecido em mim, pois o ensino no meio acadêmico, embora mais autônomo do que na educação básica, pode nos acomodar e muito. Nossos projetos de cunho interdisciplinar, iniciaram há dois anos e no ano em curso são uma exigência formal. Hoje entendemos que o PIBID se fundamenta nesta abordagem e, como tal, finalizamos alguns e iniciamos outros projetos. Respondendo à sua pergunta, percebi que a resistência maior foi justamente a dos nossos pibidianos da área de história. Na educação básica, a interdisciplinaridade é mais constante do que na universidade. Nesta medida, nossas escolas nos ensinaram ou nos empurraram para a abordagem interdisciplinar. Hoje, ainda estamos aprendendo a compor, executar e finalizar tais projetos. Os resultados têm sido muito significativos, tanto no sentido do envolvimento dos pibidianos, supervisores da escolas, coordenadores de área, alunos e até professores que não são nossos bolsistas. O começo parece ser o mais difícil, depois é só mergulhar nas trocas que vão surgindo. Daí resultaram livros, oficinas, apresentações na universidade e o céu tem sido o limite para as criações dos envolvidos, tudo isto em um só projeto, viu? Minha impressão é que todos se posicionaram na condição de protagonistas em um ou outro momento. Experiência dignificante!

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  6. João Matheus da Silva Cruz7 de abril de 2017 às 12:59

    Professora Jeannie, você pensa que, essa limitação, ou receio interdisciplinar por parte dos professores em especial, esteja relacionado com conteúdos das suas formações acadêmicas, ou pela ausência de um incentivo a debates historiográficos nos planos de ensino, fazendo assim com que os docentes se prendam a abordagens mais "tradicionais" de apresentar e abordarem temas ?

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  7. Prezado, João Matheus. Penso que as duas situações contribuem para isto. Precisamos investir mais nas trocas interdisciplinares, sem dúvida. Mas precisamos também discuti-las. A universidade precisa encarar o ensino e a pesquisa como parceiros e não como opostos. As pós-graduações precisam dialogar com a graduação e com a educação básica.É um rol de necessidades que só parecem ser sentidas pelos especialistas nas áreas de Educação e de Ensino. Eu, por exemplo, pesquiso sobre temas coloniais, mas não é o ensino da história colonial o meu outro campo de pesquisa, mas sim o do ensino porque a minha questão é de investigar, refletir, discutir a abordagem no ensino da história, entende? Minha impressão é que isto não é perceptível para a maioria das pessoas com as quais eu lido, inclusive muitos dos meus alunos. Eventos como este aqui são iniciativas ímpares para publicizar tais temas e incentivar os debates aos quais você se referiu. E vamos seguindo... um abraço

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